quinta-feira, 28 de maio de 2020
Sugestões de Estudos - Ensino Religioso- Professora Fernanda Cardias
Professor: Fernanda Cardias Disciplina: Ensino Religioso Turma: 601
Texto: Religiões e seitas no mundo
Religiões existem milhares, de acordo com o seu próprio jeito de reverenciar uma divindade e de se posicionar no mundo, receberão nomes diferentes e seguidores próprios.
Vejamos algumas das principais religiões e seitas no mundo:
Afro-tradicionais - religião tradicional do continente africano. Tem como principal característica a ausência de um livro sagrado, baseando-se em mitos e rituais que são transmitidos oralmente. Suas crenças e costumes têm mais a ver com a experiência diária do que com princípios morais de salvação espiritual. Apesar de se acreditar em um Deus supremo, é dada uma atenção maior a espíritos secundários, principalmente espíritos ancestrais, líderes ligados a algum clã ou tribo. Com a colonização europeia, iniciada no século XVII, o contato com o islamismo e o cristianimo alterou algumas concepções das religiões africanas tradicionais, ocorrendo o sincretismo religioso, ou seja, a mistura de uma religião com outra. No Brasil as religiões afro-brasileiras organizaram-se nas últimas décadas do século XIX, no período final da escravidão. Estas formaram-se em diferentes regiões e estados do Brasil e em diferentes momentos históricos. Como exemplos delas, temos o candomblé e a umbanda.
Budismo - religião fundada por Siddharta Gautama - o Buda - na Ásia Central, por volta de 563-483 a.C., surgindo a partir do hinduísmo como um caminho individual para a salvação. Segundo o budismo, todas as ações têm consequências, o princípio propulsor por trás do ciclo nascimento-morte-renascimento são os pensamentos do homem, suas palavras e seus atos (carma). Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e cultivar a própria mente. O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, samsara, despertando no praticante o entendimento da realidade última - o Nirvana.
Catolicismo – Desde os primórdios do cristianismo, os cristãos ocidentais eram chamados de católicos e os cristãos orientais de ortodoxos. Entende-se, então, que a Igreja Católica é o conjunto de igrejas que estão em comunhão com o Papa; e a Igreja Ortodoxa é o conjunto de dioceses do Oriente cujo chefe espiritual é o Patriarca Ecumênico de Constantinopla (título simbólico, pois as igrejas ortodoxas são independentes). A Igreja Católica Apostólica Romana abarca o maior número de cristãos no mundo e apresenta uma rígida estrutura organizacional e hierárquica. Possui 7 sacramentos (sinais visíveis de que Deus concede sua graça aos humanos): batismo, crisma, eucaristia, penitência, unção dos enfermos, ordem e matrimônio.
Confucionismo - doutrina ética e política, fundada por Confúcio (551-479 a.C), que por mais de dois mil anos constituiu o sistema filosófico dominante da China. Seu pensamento consiste em definir as relações humanas individuais em função das instituições sociais, principalmente família e Estado. Na verdade, o confucionismo e o taoísmo tiveram predominância na educação e na vida intelectual da China, enquanto o budismo exerceu importante influência na vida social.
Espiritismo/ Kardecismo – consiste num sistema filosófico-religioso cujo eixo principal é a crença na reencarnação. A designação kardecismo deriva do pseudônimo Allan Kardec, adotado pelo teórico da doutrina espírita francesa Leon Hipolyte Denizard Rivail (1804-69). Graças ao mandamento do amor, os mortais podem contar, em seu processo de purificação e evolução, com a ajuda e as orações dos espíritos de luz já desencarnados, sujeitos também eles à norma ética máxima do kardecismo, a caridade. Protestantismo – é um dos grandes ramos do Cristianismo, surgido da Reforma Protestante ocorrida na Europa, no século XVI. Inicialmente, a partir da Reforma, surgiram as igrejas Luterana e Reformada, mas que ao longo dos tempos foi frutificando em novas igrejas e denominações como os batistas, metodistas, calvinistas, presbiterianos, pentecostais, entre outros (alguns denominados genericamente de evangélicos). Devido a essas divisões as formas de composição, estrutura, doutrinas, práticas e culto também podem diferir entre si. De forma geral, a Palavra de Deus, a Bíblia (organizada diferentemente da Bíblia católica), é amplamente estudada e seguida.
Hinduísmo - religião professada pela maioria dos povos da Índia. Cultua um grande número de deuses e deusas e seus seguidores acreditam na reencarnação e na união com o Deus supremo - Brama - pela libertação espiritual. Os hinduístas têm rituais diários obrigatórios e também os não-obrigatórios, mas de enorme valor para eles, como a peregrinação a lugares sagrados: rio Ganges, por exemplo.
Islamismo - religião fundada por Maomé (570-652 d.C); do islã, muçulmana. Afirma a existência de um único Deus - Alá - e acredita que o Cristo foi um grande profeta. Maomé, no entanto, não é cultuado em si mesmo nem considerado um intermediador entre Deus e os homens. Para os muçulmanos, sua vida é o ponto máximo da era profética, sendo as leis do islamismo o cumprimento das revelações anteriores feitas pelos profetas das religiões reveladas, como o cristianismo e o judaísmo.
Judaísmo - religião do povo hebreu e a partir da qual surgiu o cristianismo. Os judeus esperam pela vinda de um Messias. Algumas ramificações judaicas (reformistas) creem, no entanto, que a era messiânica não envolva necessariamente uma pessoa, mas sim que se trate de um período de paz, prosperidade e justiça na humanidade. O livro sagrado é a Bíblia judaica, equivalente ao Antigo Testamento, porém organizada de forma diferente. É uma religião intimamente ligada à história. As narrativas da Bíblia se baseiam numa crença bem definida de que Deus fez uma aliança especial com o povo hebreu.
Taoísmo - filosofia religiosa desenvolvida principalmente pelo filósofo Lao-tse (séc. VI a.C). A noção fundamental dessa doutrina é o Tao - o Caminho - princípio sintetizador e harmônico do Yin (feminino) e Yang (masculino). O acesso ao Caminho se dá pela meditação e pela prática de exercícios físicos e respiratórios.
Xintoísmo – Antiga religião nacional do Japão. A partir de 500 d.C., o xintoísmo enfrentou dura competição com o budismo, mas as duas religiões acabaram por influenciar uma à outra. Não há um fundador, como em outras religiões. A essência desta religião são a cerimônia e o ritual, que mantêm o contato com o divino. Costumase dizer que o xintoísmo possui diversos deuses ou kamis, que se manifestam sob a forma de árvores, montanhas, rios, animais e seres humanos. O culto aos espíritosnaturais e ancestrais sempre foi fundamental para o xintoísmo. 4 elementos estão sempre presentes nas cerimônias: purificação, sacrifício, oração e refeição sagrada.
GAARDER, Jostein; HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry. O livro das religiões. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
Professor: Fernanda Cardias Disciplina: Ensino Religioso Turma: 902
O Leão e o Mosquito
Certa tarde, numa floresta distante, o rei dos animais ridicularizava impiedosamente um mosquito dizendo:
- Saia de perto de mim, seu inseto imundo, excremento do esgoto! Bicho nojento!
Muito irritado, o pequeno mosquito resolve declarar guerra ao leão:
- Não pense você que conseguirá intimidar-me com a altivez de sua cabeleira e com a posição que ocupa na cadeia alimentar. Você está enganado! Eu não tenho medo de você, pois muito mais corpulento é o touro e eu o conduzo de acordo com a minha vontade!
E, decidida, toma distância e num vôo rápido e certeiro atinge o rei dos animais bem no peito. E tem início a batalha!
O felino põe-se a rugir encolerizado, seus olhos saltam de raiva, a boca incha-se, as presas ficam à vista e toda a floresta se afasta e se esconde em lugar seguro.
- Quem diria... e tudo por causa de um mísero inseto! Um mosquito! E o mosquito continuava a ofender o rei da floresta de todos os modos. Foram picadas nas costas, no focinho, nas patas, barriga, entrava pelas narinas deixando o leão tão desesperado que, sem controle, se arranhava, mordia sem parar.
E, no máximo de sua ira, numa investida final sobre o mosquito, erra o alvo e acerta a si próprio, rasgando seu ventre. A fera ainda golpeia o ar e, furioso e inconformado, já exausto, lança-se ao chão.
Após a batalha sangrenta, o mosquito, orgulhoso é vitorioso, sai cantando vitória... E na vontade de contar a novidade a todos da floresta, em voo veloz e hilariante, o mosquito é interceptado por uma simples e delicada teia de aranha. Apanhado, mantém-se imóvel esperando pela morte, fim de suas aventuras.
Moral: É preciso acreditar em si mesmo, mas também reconhecer suas limitações e buscar superá-las.
La Fontaine
Pense nas suas limitações e crie estratégias de como superá-las.