Professor: Fernanda Cardias Disciplina: Geografia Turma: 601, 602 e 603
GEOGRAFIA: O LUGAR E A PAISAGEM
A Geografia possui 5 conceitos fundamentais:
· LUGAR: espaço do cotidiano.
· PAISAGEM: porção do espaço que vejo e sinto.
· ESPAÇO GEOGRÁFICO: espaço transformado pelo ser humano.
· TERRITÓRIO: espaço do poder.
· REGIÃO: espaço diferente.
Por enquanto vamos nos concentrar em dois desses conceitos: LUGAR E PAISAGEM
O LUGAR E A IDENTIDADE:
Ø Todo lugar tem uma identidade?
Ø Todo lugar que tem uma identidade tem o mesmo significado para todas as pessoas?
Ø Pra você, qual identidade da praça do bairro onde você mora representa?
Ø Alguém utiliza de uma forma diferente de você o espaço da praça do bairro?
OS LUGARES E A HISTÓRIA:
Ø Seria correto afirmar que os lugares se transformam ao longo do tempo??
Ø Como podemos perceber isso?
O que faz um lugar mudar com o passar do tempo?
“AS TRANSFORMAÇÕES NOS LUGARES POSSUEM UMA TEMPORALIDADE. ALGUMAS DELAS PODEM OCORRER RAPIDAMENTE, ENQUANTO OUTRAS PODEM DEMORAR DÉCADAS OU SÉCULOS”.
AS PAISAGENS NO TEMPO E NO ESPAÇO
Alguém lembra o conceito de paisagem?
“Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é paisagem [...]. Não apenas formada de volumes, mas também de cores, odores, movimentos, sons, etc.”
Milton Santos
“Para realizar uma leitura geográfica da paisagem, é necessário diferenciar seus elementos de acordo com suas características e, se possível, reconhecer as transformações ocorridas nas paisagens, bem como os fatores envolvidos nessas mudanças.”
Fonte:
https://pt.slideshare.net/JacianeAnizioRivanetePereira/o-lugar-e-a-paisagem-6-ano-2015
Professor: Fernanda Cardias Disciplina: Geografia Turma: 701, 702 e 703
População Brasileira
Apesar de toda população, temos em torno de 22,4 hab./km2, o que qualifica o país como pouco povoado.
Formação da População Brasileira
Historicamente, o povoamento do Brasil esteve ligado à expansão marítima europeia e ao tráfico de escravos africanos que isso demandou.
Entretanto, com a proibição do tráfico negreiro em 1850, inicia-se a escassez de escravos para trabalharem na lavoura. Esse fato deu início a outros tipos de migração e imigração.
Em 1930 teve início no Brasil um intenso processo de industrialização e urbanização, do qual o sudeste fora a região mais afetada por ter se envolvido precocemente no processo de industrialização. Por esse motivo, tornou-se a populosa região do país.
Nos anos 50 é a vez do desenvolvimento urbano, quando cada vez mais pessoas deixam os campos para trabalharem nas cidades, sobretudo nas regiões sudeste.
Os principais fatores foram a industrialização e a construção de Brasília na região centro-oeste a partir da década de 60.
Nas cidades existiam melhores condições de vida, como saúde e saneamento básico e, consequentemente, temos o enfraquecimento da taxa de mortalidade.
As novas qualidades urbanas e a revolução no campo da medicina geraram um alto crescimento vegetativo. Ou seja, a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade da população.
Importante lembrar que na década de 60, temos o advento da pílula anticoncepcional, a vida urbana e a entrada da mulher no mercado de trabalho. Esses fatores levaram a diminuição da taxa de natalidade no país.
Podemos notar que a dinâmica demográfica do Brasil incidiu por transformações durante as últimas décadas.
Observamos o decaimento da taxa de crescimento da população entre as décadas antecedentes a década de 1970.
Conferimos esse decaimento a uma redução acelerada da taxa de fecundidade, fenômeno esse notado em todas as regiões brasileiras, urbanas e rurais.
A direção da população brasileira, na primeira metade deste século, tanto pelo seu calibre quanto pela sua estrutura etária, já está delineada. Tanto a mudança na taxa de mortalidade quanto na de fecundidade, já estão muito adiantadas.
A pirâmide etária brasileira, que possuía uma base larga e o topo estreito, apregoando a superioridade de crianças e jovens, recentemente apresenta características de equilíbrio.
Ou seja, enquanto a população idosa (65 e mais anos de idade) acrescentará a taxas elevadas, de 2 % a 4% ao ano; a população jovem irá a diminuir.
Conforme projeções da ONU, de 3,1%, em 1970, a população idosa brasileira passará a aproximadamente 19% até 2050.
Nesse momento, coexistirão no centro das populações jovem e adulta, subgrupos etários com crescimento negativo e positivo.
Tal qual se demonstra nas nações envelhecidas, a trajetória etária brasileira gera desafios. Se não solucionados, levarão o país a enfrentar dificuldades nas próximas décadas.
O problema do déficit previdenciário está concorrendo com o papel importante representado pelas aposentadorias na renda dos idosos, que muitas vezes são arrimos de família.
Todavia, isso é um problema, já que Estado demonstra encontrar dificuldades para honrar compromissos previdenciários.
População Brasileira na Atualidade
Atualmente, a população brasileira é de 190.732.694 habitantes (dados do IBGE no censo de 2010) e, segundo as avaliações, deverá atingir 228 milhões de habitantes até o ano de 2025.
Com um crescimento demográfico de 1,17% ao ano, os brasileiros apresentam uma taxa de natalidade (por mil habitantes) de 20,40, em contraposição a uma taxa de mortalidade (por mil habitantes) de 6,31. Ademais, a expectativa de vida no país é de 73 anos.
Os estados mais populosos são:
· São Paulo (41,2 milhões)
· Minas Gerais (19,5 milhões)
· Rio de Janeiro (15,9 milhões)
· Bahia (14 milhões)
· Rio Grande do Sul (10,6 milhões)
Enquanto os estados menos populosos são:
· Roraima (451,2 mil)
· Amapá (668,6 mil)
· Acre (732,7 mil)
Vale lembrar que a população brasileira concentra-se na região sudeste, com 80.364.410 habitantes, enquanto o Nordeste abriga 53.081.950 habitantes e o Sul cerca de 27,3 milhões.
Curiosidades
· Há muita diferença entre a expectativa de vida dos sulistas e dos nordestinos, de forma que no sul do pais, as pessoas vivem mais do que no nordeste.
· A capital menos populosa do Brasil é Palmas, no estado do Tocantins, com uma população de 228,2 mil habitantes.
· A cidade mais populosa do Brasil é São Paulo, no Estado de São Paulo, com população de 11,2 milhões de habitantes.
· Harmonia entre os sexos: 48,92% de homens e 51,08% de mulheres.
· 160,8 milhões de habitantes habitam a Zona Urbana, enquanto 29,8 milhões vivem Zona Rural.
· De acordo com as Etnias no Brasil (cor ou raça) temos: Pardos: 43,1%; Brancos: 47,7%; Negros: 7,6%; Indígenas: 0,4% e Amarelos: 1,1%.
Fonte:
https://www.todamateria.com.br/populacao-brasileira/
Imigração no Brasil
O processo de imigração no Brasil começou a partir de 1850 com o fim do tráfico de pessoas escravizadas.
Querendo apagar a herança escravocrata brasileira, o governo passa a estimular a entrada de imigrantes europeus, a fim de promover o "branqueamento" da população.
Características da imigração no Brasil
A abertura dos portos, ocorrida em 1808, possibilitou a entrada de imigrantes não portugueses ao Brasil. Neste momento, várias expedições científicas europeias visitam e divulgam a colônia portuguesa na Europa. Também se registra a instalação de profissionais liberais especialmente no Rio de Janeiro.
Com a proibição do tráfico de escravos, em 1850, o desenvolvimento das lavouras de café e o preconceito racial induziram a entrada de imigrantes europeus no país.
Com as guerras de unificação na Itália e na Alemanha, são trazidos pelo governo brasileiro para trabalhar nos cafezais.
Sistema de parceira e colonato
A imigração europeia no Brasil não foi homogênea para todas as regiões. Em São Paulo, observamos a implantação do sistema de parceira, onde o imigrante vinha trabalhar nas fazendas de café.
Já no sul do Brasil, a preocupação era povoar as grandes regiões desertas para resguardar a fronteira. Por isso, ali é aplicado o sistema de colonato.
Vejamos a diferença entre os dois sistemas.
Sistema de Parceria
Na primeira, os imigrantes que desejavam vir, eram contratado pelos proprietários das fazendas. Estes pagavam a passagem de navio, o deslocamento do porto até a fazenda, e a hospedagem. Deste modo, chegavam ao destino endividados e sem poder obter a sonhada propriedade da terra.
Igualmente, os colonos não podiam abandonar a fazenda enquanto não pagassem o que deviam.
Este sistema era tão cruel que foi registrada uma revolta de imigrantes alemães na fazenda Ibicapa, do Senador Vergueiro, em São Paulo. A consequência foi a proibição da imigração prussiana ao Brasil em 1859.
Sistema de Colonato
Na segunda fase foi aplicado o sistema de colonato e a vinda de imigrantes era assumida pelos governos provinciais (estaduais). Assim, o imigrante não vinha endividado.
Também recebiam uma remuneração mensal ou anual, podiam plantar alimentos para sua subsistência e estavam livres para deixar a propriedade.
Este sistema era mais atrativo para os imigrantes e muitas colônias puderam prosperar.
Os Imigrantes no Brasil
Antes da chegada dos portugueses é importante salientar que o território já contava com uma população indígena de cerca de 5 milhões de habitantes. Por sua vez, o africanos foram trazidos de maneira forçada.
Assim, quem é imigrante no Brasil, se apenas os indígenas são os nativos? Para fins de estudos, vamos considerar como imigrante apenas o indivíduo que chegou livre no país.
Suíços
A família Baumer na Colônia Francisca, em Santa Catarina, 1908.
Os primeiros imigrantes europeus não-portugueses a se estabelecerem no Brasil foram os suíços. Devido à falta de terras na Suíça, cerca de duas mil pessoas imigraram para o país entre 1818 e 1819 e se tornaram "súditas do Rei de Portugal."
Como a vinda foi negociada com o cantão de Friburgo, a localidade onde eles permaneceram passou a se chamar Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.
Apesar das condições adversas, a imigração suíça continuou ao largo do século XIX, e os colonos foram se estabelecendo pela região serrana do Rio de Janeiro e nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Bahia.
Em Santa Catarina, várias famílias suíças povoaram a Colônia Francisca, atual Joinville, junto com imigrantes alemães.
Devido as más condições de vida e o tratamento de semi-escravidão que recebiam, a imigração em grande quantidade de suíços foi proibida após a década de 1860.
Alemães
Sede dos Cantores Alemães, Waldescrus, na cidade de Erechim/RS, reproduzindo na madeira o estilo das moradas alemãs, em 1931
Com a unificação aduaneira promovida no Império Alemão e o processo de Unificação Alemã, muitos camponeses perderam suas terras.
Embora já existissem cidadãos de origem alemã no Brasil, o dia 25 de julho de 1824 é considerado o marco da imigração. Nesta data, chegaram 39 imigrantes alemães à cidade de São Leopoldo/RS.
Incentivados pelo governo brasileiro, eles se dirigiram especialmente para o sul e a região serrana do Rio de Janeiro, em busca de terras para cultivo. Ali, tentaram reproduzir o estilo de vida de seus antepassados.
Por outro lado, o governo imperial esperava que eles ajudassem a defender as fronteiras brasileiras e muitos eram forçados a se alistar no Exército assim que desembarcavam.
Os alemães estão presentes em quase todos os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, principalmente nas cidades de Joinville, Blumenau e Pomerode.
Italianos
A Península Itálica passou por várias batalhas até alcançar a Unificação Italiana sob o reinado do rei Vitor Manuel II (1820-1878), em 1870. A partir dessa década, começam a chegar contingentes de italianos no Brasil e o fluxo só terminaria com a ascensão de Mussolini.
Desde o fim do tráfico de escravos, estimulava-se a vinda de italianos para o Brasil a fim de substituir os africanos escravizados.
O governo brasileiro pagava a passagem dos imigrantes em navios a vapor, lhes prometia salários e casas, algo que não era cumprido.
Os estrangeiros receberam incentivos, como a propriedade da terra e cidadania. Foi assim que surgiram na região sul cidades como Caxias do Sul, Garibaldi e Bento Gonçalves.
A presença italiana sente-se especialmente em São Paulo pelos seus aspectos culturais e políticos. Foram os imigrantes italianos que se tornaram os primeiros trabalhadores das fábricas de São Paulo.
Assim, fizeram as primeiras "caixas de socorro mútuo" com o objetivo de ajudar os operários quando ainda não havia sindicatos estabelecidos no Brasil.
Portugueses
A imigração portuguesa nunca deixou de acontecer, mesmo depois da independência e da separação de ambos países.
Com o aumento população portuguesa e a escassez de terras, vários empreenderam a viagem para a ex-colônia americana. No entanto, ao contrário de outros imigrados, a relação com os portugueses era mais fluida, pois alguns vinham, se enriqueciam e voltavam para Portugal.
De qualquer maneira, houve uma grande parte que permaneceu e foi engrossar o operariado brasileiro e o comércio. No século XX, a colônia portuguesa se junta em torno do futebol, fundando seus próprios clubes como Vasco da Gama, no Rio de Janeiro e Portuguesa, em São Paulo.
A ditadura de Antônio de Oliveira Salazar também foi motivo para que muitos portugueses deixassem sua terra e viessem para o Brasil.
Espanhóis
O terceiro contingente de imigrantes no Brasil, em termos de número, foram os espanhóis. Estima-se que entre 1880 e 1950 tenham entrado cerca de 700 mil espanhóis no país.
Destes, 78% se dirigiram para São Paulo, com o intuito de trabalhar nas lavouras de café e, mais tarde, nos laranjais; e o restante buscou grandes centros como Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
Os espanhóis se organizavam em tornos de centros culturais como as "Casas de Espanha" que ensinavam música, dança e o idioma para os filhos de imigrantes e brasileiros.
Japoneses
A maior colônia de japoneses do mundo está localizada no Brasil. Os japoneses chegaram a partir de 1908, em São Paulo para trabalhar nas lavouras de café.
Estabeleceram-se também no Paraná e Minas Gerais e inovaram as técnicas de cultivo conhecidas no Brasil.
Oriente Médio
Passaporte expedido em Beirute, Líbano, no ano de 1926 a Elias Hanna Elias, que se estabeleceu em Cantagalo/RJ
Devido às guerras e perseguições religiosas, houve a entrada de muitos imigrantes oriundos da Síria, Líbano, Armênia e Turquia. A maior parte se dirigiu para São Paulo, mas é possível encontrar descendentes no Rio de Janeiro, Bahia e em Minas Gerais.
Os sírios e libaneses eram pequenos agricultores na sua terra natal. No entanto, devido ao modelo de latifúndio encontrado no Brasil, eles não encontraram terras disponíveis para ocuparem.
Assim, dedicaram-se, principalmente, ao comércio como ambulantes e ficaram conhecidos como mascates. Com uma mala cheia de produtos, eles percorriam as grandes cidades e partiam para o interior do estado, acompanhando as linhas ferroviárias.
A segunda geração, os filhos dos imigrantes, entraram nas universidades e podem ser encontrados na cena política brasileira, na pesquisa acadêmica e no meio artístico.
Por serem oriundos do antigo e extinto Império Turco-Otomano, até hoje esses imigrantes são comumente chamados de "turcos" no Brasil.
Outras nacionalidades
Não podemos esquecer de outras nacionalidades como húngaros, gregos, ingleses, americanos, poloneses, búlgaros, tchecos, ucranianos e russos que também imigraram para o Brasil.
Trouxeram sua diversidade cultural e linguística para o país, aqui se estabelecerem e construíram uma vida melhor.
Imigração Atual
Após os anos 2000, com a estabilidade econômica e política, o Brasil tornou-se alternativa para cidadãos tanto de países desenvolvidos como subdesenvolvidos. Eventos como a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2018) se tornaram um verdadeiro chamariz para a imigração.
As principais levas de imigrantes recebidas hoje são de haitianos, bolivianos e refugiados de guerra, como os sírios, senegaleses e nigerianos.
Igualmente, devido à crise na Venezuela, muitos cidadãos desse país estão cruzando a fronteira, especialmente em Roraima.
Entre os asiáticos, chineses e coreanos vêm para abrir comércio e se estabelecem sobretudo nas cidades.
As portas do país não estão abertas à todos. No entanto, em muitos casos, a entrada se dá de forma ilegal, principalmente no caso de haitianos e bolivianos.
Fonte:
https://www.todamateria.com.br/populacao-brasileira/
https://www.todamateria.com.br/imigracao-no-brasil/
Professor:
Fernanda Cardias Disciplina:
Geografia Turma: 801 e 802
CONTINENTE AMERICANO
América é o maior continente em extensão norte–sul localizado no Hemisfério Ocidental e compreende uma área total de 42.189.120 km².
O continente é habitado por cerca de 902.892.047 pessoas, e nele são faladas diversas línguas, como espanhol, inglês, português, francês, neerlandês e línguas nativas
O continente é constituído por 35 países e 18 territórios independentes. Os países são banhados pelos oceanos Atlântico e Pacífico.
Esse enorme território é dividido em subcontinentes: América do Norte, América Central e América do Sul. Alguns estudiosos e organizações, como a Organizção das Nações Unidadas (ONU), consideram apenas a divisão em América do Norte e América do Sul, considerando que ambas são ligadas por um istmo (estreita faixa de terra que liga duas áreas de maior extensão).
Outra divisão da América é conhecida como América Latina, uma região que corresponde aos países que falam as línguas derivadas do latim, como o português e o espanhol. Basicamente, a América Latina abrange a região dos países pertencentes à América Central e à América do Sul colonizados pelos portugueses e espanhóis.
O continente americano era habitado por nativos até a chegada dos europeus. Espanhóis, portugueses, holandeses, franceses e outros povos do Velho Mundo colonizaram a América, e a miscigenação deles com os povos nativos deu origem à população atual do continente. A independência dos países da América do Norte iniciou-se por volta de 1776, já a da América Latina iniciou-se no decorrer do século XIX.
Dados gerais
· Continente: América
· Gentílico: americano
· Países: 35 países e 18 dependências
· Extensão territorial: 42.189.120 km2
· População: 902.892.047 habitantes
· Maior país: Canadá (9.984.670 km2)
· Menor país: São Cristóvão e Névis (261 km2)
· Idiomas: inglês, espanhol, português, francês, neerlandês e línguas nativas
· Subcontinentes: América do Norte, América Central e América do Sul
América do Norte
América do Norte é formada por três países e localiza-se na parte setentrional do continente americano.
A América do Norte foi inicialmente explorada pelos espanhóis, por volta de 1492. Franceses e ingleses também colonizaram regiões desse subcontinente, o qual se localiza em uma área de 24.709.000 km².
Suas fronteiras estão delimitadas, a leste, pelo oceano Atlântico, a oeste, pelo Oceano Pacífico; já ao sul, estão ligadas à América Central, e ao norte, estão ligadas ao Ártico.
Os países que formam o subcontinente são: CANADÁ que é o maior país do Subcontinente; ESTADOS UNIDOS e MÉXICO que é o menor deles. Alguns territórios dependentes também se encontram nele, ao todo são quatro dependências. Vivem nesse subcontinente 579.024.000 habitantes.
Os países da América do Norte fazem parte de alguns acordos, como o Nafta, substituído em 2018 pelo USMCA (conhecido como Nafta 2.0) — um tratado de livre comércio entre as nações.
América do Sul
América do Sul é formada por 12 países e está na parte meridional do continente americano.
América do Sul é localizada em sua parte meridional. Ela abrange uma área de 17.819.100 km² e é habitada por cerca de 388 milhões de habitantes. O subcontinente é banhado pelo Oceano Atlântico, a leste, e pelo Oceano Pacífico, a oeste. Ao norte está limitado pela América Central, e, ao sul, pela Antártida.
O subcontinente era habitado por povos nativos, sendo encontrado pelos portugueses por volta de 1498. Espanhóis e portugueses exploraram as partes desse território, e, posteriormente, vieram outros povos europeus, uma vez que os recursos naturais aqui encontrados atraíam os colonizadores, fazendo do subcontinente, então, fonte de matéria-prima para a Europa.
A América do Sul é formada por 12 países e três dependências. Os países são: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela. A Guiana Francesa, apesar de estar na América do Sul, é um território ultramarino francês. Os territórios dependentes são: Aruba, Bonaire e Curaçao (Países Baixos), Ilhas Malvinas, Ilhas Geórgia e Sandwich do Sul (Reino Unido).
América Central
América Central une os subcontinentes América do Norte e América do Sul.
A América Central é um subcontinente localizado entre a América do Norte e a América do Sul, compreendendo, portanto, a faixa central do continente americano. É formada por 20 países ístmicos e 16 dependências.
Os países são: Antígua e Barbuda; Bahamas; Barbados; Belize; Costa Rica; Cuba; Dominica; El Salvador; Granada; Guatemala; Haiti; Honduras; Jamaica; Nicarágua; Panamá; República Dominicana; Santa Lúcia; São Cristóvão e Névis; São Vicente e Granadinas e Trinidad; e Tobago.
Esse subcontinente abrange uma área total de 742.204 km² e é habitado por aproximadamente 92 milhões de habitantes. Inicialmente era povoado por indígenas, e depois passou a ser explorado pelos europeus no começo do século XVI. Os povos que habitam essa região falam espanhol, inglês, neerlandês e papiamento, além de várias línguas nativas.
América Central está localizada geograficamente em uma região de bastante instabilidade. Muitos países são afetados por fenômenos naturais, como furacões e terremotos, os quais devastam muitas áreas e dizimam milhares de pessoas. Ainda, alguns países convivem com os desastres provocados por essas intempéries naturais e têm dificuldade em reconstruírem-se.
América Latina
América Latina compreende a América Central e a América do Sul (com exceção de Guiana, Suriname, Jamaica e Belize). Da América do Norte, apenas o México faz parte da América Latina, que se estende por 21.069.501 km². Os países que fazem parte dessa subdivisão falam línguas que variam do latim, como o espanhol e o português. Nela vivem cerca de 569 milhões de habitantes.
É uma região culturalmente diversificada, considerando o número de línguas, etnias e tradições que abrange. As nações, em sua maioria, são países em desenvolvimento, com exceção do Haiti, que é o único território subdesenvolvido. Apesar dessas apresentarem industrialização avançada, muitas vivem grandes instabilidades econômicas. Seus índices de desenvolvimento humano não são altos, indicando precariedade em suas políticas públicas.
A economia da América Latina é baseada principalmente no setor primário. O setor de comércio e serviços tem apresentado crescimento e contribuído cada vez mais para o desenvolvimento econômico. Atividades como extrativismo vegetal, agricultura, pecuária e extrativismo mineral destacam-se na maioria dos países. Já em relação à indústria, especificamente, destacam-se Brasil, Argentina, México e Chile.
Países da América e suas capitais
País
Capital
Continente
Canadá
Ottawa
América do Norte
Estados Unidos
Washington D.C.
América do Norte
México
Cidade do México
América do Norte
Antígua e Barbuda
Saint John's
América Central
Bahamas
Nassau
América Central
Barbados
Bridgetown
América Central
Belize
Belmopan
América Central
Costa Rica
São José
América Central
Cuba
Havana
América Central
Dominica
Roseau
América Central
El Salvador
São Salvador
América Central
Granada
Saint George's
América Central
Guatemala
Cidade da Guatemala
América Central
Haiti
Porto Príncipe
América Central
Honduras
Tegucigalpa
América Central
Jamaica
Kingston
América Central
Nicarágua
Manágua
América Central
Panamá
Cidade do Panamá
América Central
República Dominicana
Santo Domingo
América Central
Santa Lúcia
Castries
América Central
São Cristóvão e Névis
Basseterre
América Central
São Vicente e Granadinas
Kingstown
América Central
Trinidad e Tobago
Porto Espanha
América Central
Argentina
Buenos Aires
América do Sul
Bolívia
La Paz
América do Sul
Brasil
Brasília
América do Sul
Chile
Santiago
América do Sul
Colômbia
Bogotá
América do Sul
Equador
Quito
América do Sul
Guiana
Georgetown
América do Sul
Guiana Francesa
Caiena
América do Sul
Paraguai
Assunção
América do Sul
Peru
Lima
América do Sul
Suriname
Paramaribo
América do Sul
Uruguai
Montevidéu
América do Sul
Venezuela
Caracas
América do Sul
*Guiana Francesa: Território ultramarino pertencente à França.
Fontes:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/america-3.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/paises-america.htm
Professor: Fernanda Cardias Disciplina: Geografia Turma: 901 e 902
CONTINENTE EUROPEU
ASPECTOS FÍSICOS DA EUROPA – No conjunto chamado de Velho Mundo – Eurásia e África, a Europa, do ponto de vista físico, é apenas uma península da Ásia. Do ponto de vista histórico-social, no entanto, a Europa é um continente, pois ao longo dos séculos desenvolveu uma cultura que diferencia da Ásia e da África. A cultura europeia é ocidental, baseada no alfabeto latino, nas religiões judaico-cristãs e na ideia de progresso e desenvolvimento material.
Com pouco mais de 10 500 000km² de extensão, conta com aproximadamente 743 milhões de habitantes. Nesse pequeno continente existem 42 países. Em relação a sua localização é limitada ao norte pelo Oceano Glacial Ártico e ao sul pelo mar Mediterrâneo. A oeste pelo Oceano Atlântico, que forma vários mares, golfos e canais, como o mar Báltico, o mar da Noruega, mar do Norte, o canal da Mancha, etc. A leste a Europa se une à Ásia, e os limites entre elas são os montes Urais, o mar Cáspio e o rio Ural.
A Europa se localiza quase que inteiramente na zona temperada, já que está ao norte do trópico de Câncer e é atravessada pelo círculo polar Ártico. Por esse motivo, no continente, predomina o clima temperado. A norte os climas são mais frios, no centro e também nas áreas mais elevadas. Já na parte sul ou meridional do continente os climas são mais quentes. Ainda sobre os climas, são mais úmidos na parte litorânea – oeste - mais secos na parte continental – leste.
UNIÃO EUROPEIA – Processo de estruturação
O princípio da EU está vinculado a resistência da expansão do Plano Marshall, que foi criado pelos Estados Unidos para auxiliar a reestruturação da Europa após a Segunda Guerra Mundial. É neste momento que surgem também a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), destinado a garantir a presença do capitalismo no leste europeu, a atuação da OTAN não ficou restrita apenas ao campo militar, embora fosse seu preceito inicial, a organização tomou dimensões de interferência nas relações econômicas e comerciais dos países envolvidos. Para garantir a soberania territorial europeia é criado o CECA, mas não é somente o oeste europeu que buscou uma forma de barrar a expansão norte-americana. O leste sob o domínio da URSS, criam o Pacto de Varsóvia para garantir militar e politicamente o ideário socialista.
1 – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço – CECA:
Entrou em vigor em 1952 e se prolongou até 2002. Os objetivos da comunidade eram criar um mercado comum para o carvão, o ferro e o aço por meio de acordos relativos aos preços e ás taxas de transporte e, isso, evitar uma nova guerra entre os países-membros. Foi a primeira experiência de integração econômica das nações europeia. (Alemanha Ocidental, Bélgica, Países Baixo, Luxemburgo, Itália e França).
2 – Mercado Comum Europeu:
Bélgica, Países Baixos, Luxemburgo, Alemanha Ocidental, França e Itália assinaram o Tratado de Roma, que fundou a Comunidade Econômica Europeia (CEE), que passou a vigorar em 1958. Mais conhecido como Mercado Comum Europeu, esse organismo foi criado como objetivo de garantir a livre circulação de mercadorias, serviços e pessoas entre seus membros. Ou seja, sua finalidade era eliminar todos os obstáculos, alfandegários ou não, que impediam o livre-comércio.
3 – União Econômica do Benelux:
A União Econômica do Benelux, com o objetivo de facilitar e aumentar suas importações e exportações. Esse organismo, com sede em Luxemburgo, tem atingido suas metas mediante a cobrança de tarifas alfandegárias mais baixas. (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo)
4 – MCE:
Entram para o MCE Reino Unido, Irlanda e Dinamarca. Em 1981, Grécia, seguido de Portugal, Espanha, Áustria e Finlândia em 1995. Em 1990, evolui para se tornar uma união monetária, o que confirmou seu forte caráter político. Por isso, em 1994, ele passou a ser denominado União Europeia (EU), com um objetivo mais amplo: construir uma unidade política, econômica, monetária e militar na Europa.
5 – Tratado de Maastricht:
Esse tratado prepara a união monetária europeia – a moeda única – e introduz elementos para uma união político. Elevando o peso do parlamento europeu, estabelecendo ainda novas forma de cooperação entre seus membros.
6 – Euro, Países-Membros e Candidatos
2002 – O Euro entra em circulação. Quando foi lançado a moeda, seu valor era igual ao do dólar norte-americano, mas com o tempo ela valorizou: no final de 2014 um euro equivalia a 1,32 dólar. Essa valorização do euro é positiva porque uma moeda forte, valorizada e bem aceita internacionalmente pode concorrer com o dólar como divisa, isto é, a que os países reservam para pagar suas importações, suas dívidas, etc., além de ser considerada um refúgio seguro nas crises.
Países-membros
Alemanha (1958)
Áustria (1995)
Bélgica (1958)
Bulgária (2007)
Chipre (2004)
Croácia (2013)
Dinamarca (1973)
Eslováquia (2004)
Eslovênia (2004
Espanha (1986)
Estônia (2004)
Finlândia(1995)
França (1958)
Grécia (1981)
Hungria (2004)
Irlanda (1973)
Itália (1958)
Letónia (2004)
Lituânia (2004)
Luxemburgo (1958)
Malta (2004)
Países Baixos (1958)
Polónia (2004)
Portugal (1986)
Reino Unido (1973)
República Checa (2004)
Roménia (2007)
Suécia (1995)
Candidatos:
A adesão à UE é um processo complexo e demorado. Além de ter de cumprir as condições de adesão, o país candidato tem de aplicar a legislação e a regulamentação da UE em todas as áreas.
· Albânia, Montenegro, Sérvia e Turquia
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO BAIXO NEGATIVOS – Existe um elevado padrão de vida nos países da Europa ocidental. Esse elevado padrão de vida está relacionado à industrialização e à modernização das sociedades e também a uma distribuição de renda em geral sem grandes desigualdades. Os países da Europa, em especial os da parte ocidental, são reconhecidos pela eficiente rede de assistência médica e hospitalar, pelos ótimos sistemas escolares acessíveis a todos, por um seguro desemprego que oferece dinheiro para que se tenha uma boa qualidade de vida. O elevado padrão de vida pode ser avaliado pelas baixíssimas taxas de mortalidade infantil e pela elevada expectativa de vida, que são alguns indicativos mais significativos do desenvolvimento humano ou social de uma nação.
ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO – Muitos países europeus têm um crescimento vegetativo negativo, ou seja, morrem mais pessoas do que nascem a cada ano. Somente a vinda de imigrantes é que, em alguns casos, produz algum crescimento populacional. E como as taxas de natalidade são baixíssimas e a expectativa de vida é bastante elevada, existe um progressivo envelhecimento da população. Em vários países europeus o número de idosos já é maior do que o número de crianças e jovens de até 15 anos. Esse fato tende a se generalizar rapidamente em toda a Europa e, com o decorrer do tempo, no restante do mundo.
O PRECONCEITO EM RELAÇÃO AO EMIGRANTES/IMIGRANTES
Assim, milhões de pessoas procedentes de países menos industrializados da própria Europa ocidental, migram para esses países altamente industrializados
As migrações se intensificam a partir de 1989, com a abertura das fronteiras dos países da Europa oriental, provocando o deslocamento em massa de alemães orientais, poloneses, albaneses, húngaros, romenos e outros para Europa ocidental.
Terceira Revolução Industrial
Substitui maciçamente trabalhadores pouco qualificados por máquinas e robôs.
Muitas fábricas passaram a ser instaladas em outros países com menores custos de produção.
Aumento do desemprego, com isso parte dos imigrantes e seus descendentes são atingidos.
Desde então o desemprego vem sendo o grande problema social em todos os países desenvolvidos, particularmente na Europa por causa dos elevados salários e benefícios sociais para os trabalhadores.
Acompanhando os fluxos migratórios, surgem os grupos xenófobos.
- XENOFOBIA = desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio daquele que as ajuíza, ou pelo que é incomum ou vem de fora do país; xenofobismo.
AS DUAS EUROPAS (regionalização políticoeconômica) – A porção da Europa formada pelos países capitalistas desenvolvidos ou de economia de mercado mais consolidada é conhecida como Europa Ocidental. Compostas pelos países que deflagraram a revolução marítima-comercial, nos séc. XV e XVI e onde ocorreu a Revolução Industrial. A porção leste é conhecida como Europa oriental/ Leste europeu, tendo como base os antigos países socialistas, que até 1990 era uma espécie de periferia da antiga União Soviética.
Mapa: Guerra Fria (duas Europas)
EUROPA OCIDENTAL – Dentro da Europa ocidental, os países apresentam grandes diversidades, geralmente originadas pela Revolução Industrial. Os primeiros a se industrializarem, ainda hoje permanecem como Estados altamente industrializados (Reino Unido, França, Alemanha e Itália). No entanto, o desenvolvimento industrial não significa poderio econômico, nem mesmo elevado padrão de vida. Por exemplo, o padrão de vida de Luxemburgo, é superior ao da Alemanha, altamente industrializada.
Estes países assumem essa posição em virtude da população escassa, de regimes políticos que á décadas procuram distribuir melhor a renda nacional, da exportação de petróleo, alguns países menos industrializados possuem rendas per capita maiores que os países industrializados (Ex.: Islândia, Noruega, Finlândia, Irlanda, Dinamarca, entre outros).
Devemos considerar ainda os países que tem suas economias vinculadas ao setor primário. Países onde a industrialização é recente e limita-se à produção de bens de consumo duráveis e não-duráveis (Portugal e Grécia). A agropecuária, embora empregue um percentual cada vez menor de pessoas, não deixa de ser uma atividade econômica importante, pelo fator político (pelo poder de voto dos camponeses) e da tradição (queijos, vinhos e azeites), ou pelo fator comercial entre os países da Europa e do mundo.
EUROPA ORIENTAL – É a parte menos desenvolvida da Europa (Leste europeu). Está região tem como característica marcante o recente desenho territorial de alguns de seus países. Essas transformações iniciam com fim da Primeira Guerra Mundial – fim do Império Austro-húngaro (países como a Áustria foi anexada ao ocidente, já Polônia, Eslováquia, República Tcheca e Hungria foram anexadas a parte oriental). O Império Russo, cede espaço a Estônia, Letônia e Lituânia.
A Europa oriental se consolidou com a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, o mundo ficou dividido em dois blocos principais: capitalistas, liderado pelos Estados Unidos, e o socialista, liderado pela ex-União Soviética.
Durante quase meio século, a Europa oriental manteve fortes laços militares e econômicos com a antiga superpotência socialista. É importante ressaltar que muitos países do leste europeu só aderiram o regime socialista por causa do poderio militar da União Soviética, prova disso foi o rápido fim do socialismo nessa região após a independência dos Estados e a ampliação do comunismo.
As maiores economias da Europa oriental são a Polônia, Hungria, República Tcheca e a Romênia, apesar de nenhuma se compara à países do oeste europeu. No lado oposto, existe a Albânia, país predominantemente agroindustrial, ao lado de Kosovo e da Bósnia-Herzegovina, cujas economias foram arrasadas por guerras recentes.
Fonte:
http://www.santainesrs.com.br/images/atividades-online/finais/9-ano/geografia/revisao-europa.pdf